A influenciadora e empresária Virgínia Fonseca chamou atenção não apenas pelo depoimento na CPI das Apostas Esportivas, mas também pela forma como escolheu se apresentar visualmente.

Segundo a consultora de imagem Clara Laface, cada elemento — o moletom com o rosto da filha, o cabelo solto, os óculos sem armação e o copo Stanley rosa — compôs uma narrativa visual cuidadosamente planejada. A intenção? Suavizar a percepção pública e gerar empatia, contrastando com a seriedade do ambiente institucional.

“Esses itens não são escolhas aleatórias. São símbolos de afeto, juventude e intimidade, que ajudam a aproximar a figura pública do cidadão comum”, analisa Laface. “É uma estratégia clássica: usar elementos do cotidiano para construir uma imagem de vulnerabilidade — mesmo quando se trata de uma empresária poderosa e influente.”

Apesar do impacto midiático, Clara avalia que o visual foi inadequado para o contexto. “Uma CPI exige sobriedade, inclusive na forma de se vestir. Não é apenas sobre dress code, mas sobre responsabilidade simbólica em um espaço oficial do Estado.”

Ela também levanta um ponto ético: “Quando a imagem é usada para atenuar responsabilidades, deixa de ser posicionamento legítimo e se torna blindagem. É preciso cuidado.”

Para Laface, o caso mostra como figuras públicas dominam sua comunicação não verbal — e o poder que isso tem. “A estética fala, e neste caso, disse tudo o que o silêncio quis esconder.”

Sobre Clara Laface

Clara Laface é consultora de imagem pessoal e corporativa, especializada em posicionamento estratégico e marca pessoal. Com formação nacional e internacional em imagem, comunicação e branding, ajuda profissionais e empresas a se destacarem com autenticidade e propósito.

Ministra palestras, treinamentos e consultorias para líderes, executivos e equipes. É colunista, LinkedIn Creator, stylist da plataforma MYC e ex-VP de Marketing da AICI Brasil. Para Clara, imagem é comunicação estratégica — e uma ferramenta poderosa para transformar carreiras e impulsionar resultados.